segunda-feira, 4 de abril de 2016

TODO CUIDADO É POUCO

Ana Lia Clerot
Dr. Rafael Nunes
Bette Maria
Nas últimas semanas, fotos da cantora Anitta têm circulado pela internet causando uma comoção gerada pelos lábios exagerados da artista. A cantora tem ganhado fama não apenas por suas músicas, mas pela quantidade exacerbante de intervenções realizadas em seu rosto e corpo, entrando na lista das famosas que abusaram da medicina estética. Enquanto uns criticam sem fim o exagero e a falta de necessidade das operações, outros pedem aos especialistas resultados iguais aos da cantora. Sem dúvidas, celebridades influenciam o público, que admira os impecáveis rostos e corpos esculturais resultados de cirurgias.

Os procedimentos realmente estão disponíveis para serem usados, porém, até quando a utilização desses meios passa dos limites? Para o cirurgião plástico e responsável médico da Dr. Laser - Asa Norte, Rafael Nunes, o mais importante é saber em que momento o procedimento é para melhorar a qualidade de vida e autoestima da cliente ou o desejo extrapola essa função. “Muitas mulheres tendem a querer seguir tendências, utilizando dos procedimentos estéticos e até mesmo das cirurgias plásticas como um meio de acompanhar modismos, mas é preciso tem bom senso e saber o limite do próprio corpo. Hoje beleza está muito mais associado a naturalidade, valorizando o que a pessoa tem de melhor, do que transformações radicais e que chegam a descaracterizar as feições do indivíduo”, explica. Ainda segundo Dr. Rafael Nunes, a cliente precisa entender que nem sempre o procedimento realizado em outra pessoa, ficaria bem na paciente. “É preciso ter uma estrutura, um biotipo e escutar toda a orientação médica”, diz.

O médico alerta ainda sobre os riscos para a saúde, muitas vezes posta em cheque em nome da "beleza". "É preciso fazer uma avaliação clínica antes, sempre com um profissional cadastrado nas Sociedades Médicas, seja de Dermatologia ou de Cirurgia Plástica. Para se ter uma ideia, existem procedimentos e substâncias que não podem ser combinados ou ainda tenham restrições de uso a certos pacientes. E isto inclui até mesmo o uso de simples cosméticos reparadores", ressalta.

Para a psicóloga Lia Clerot, em muitos casos o procedimento não é preciso, mas a cabeça e os sentimentos da paciente podem criar uma necessidade inexistente. Alguns casos, a pessoa acredita que a mudança na aparência vai substituir algo que falta dentro dela, como a autoestima

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