Sobre a Peça
"Uma mulher e um barco a vela, juntos decidem dar uma volta ao mundo. Sozinha, preparada, com mapas e livros, ela desbrava as águas e seus pensamentos, confrontando ondas e medos. Dias de sol e dias de tempestades, dias de calmaria. O mundo dos velejadores em solitário, apenas visto nos livros e no cinema, traz geralmente os homens à frente dessa aventura.
Enfrentar a solidão de frente, o silêncio e o enorme mundo, a imensidão em cima e embaixo do barco. A rotina da vida em alto mar confrontam diretamente as atividades e interesses que vivemos na cidade. Com valores alterados, ela enfrenta jornadas, mas principalmente se enfrenta a si mesmo. Ao longo da peça, mergulha no seu silêncio interior que junto ao silêncio do mundo transformam sua personalidade e ideias de vida. O espetáculo se passa em um trecho da viagem sem nenhum contato com outras pessoas, um trecho de viagem de uma ilha para outra, onde apenas a água, o mar, alguns animais e seus pensamentos a fazem companhia.
O laço familiar, a necessidade do trabalho, a rotina, o stress, a companhia do outro, a memória são valores bastante questionados durante o percurso. O barco é um elemento presente, pela sua quantidade de elementos e atividades exigidas diariamente, mas também por se tornar um companheiro de viagem, que merece dedicatória e conversas constantes.
A história é costurada por momentos de solidão e reflexão, por momentos de trabalho de força para dirigir o barco, por conhecimentos náuticos e de navegação que influenciam no bom andamento do barco como vento, chuva, estrelas, análise de mapas, rádios, etc. Tudo isso com elementos da dança contemporânea para dar vida e força à essa aventura no mar."
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