Brasília - Paraty, e a Tocha Olímpica
Há seis anos uma ideia louca saiu do papel. Deixar Brasília pedalando por estradas de terra, até Paraty, no Rio de Janeiro, dividindo com um deficiente visual, em uma bicicleta tandem, uma jornada inesquecível.
Saí de casa para ensinar, e aprendi quão petulante é pensar que precisamos de olhos para enxergar o mundo. Saí para compartilhar o que via, e me calei no quinto dia, maravilhado com as possibilidades que nunca havia visto, sequer considerado.
Passei frio, e passei fome. Mas conheci pessoas incríveis. Chuva, lama e bike quebrada só aumentaram a determinação. Perdi a sola dos pés e 8kg em 16 dias, mas encontrei um irmão.
E hoje é um dia especial. Fui convidado para, junto com este irmão, carregar a Tocha Olímpica na passagem por Brasília.
A expressão máxima do esporte. O mesmo esporte que me fez atravessar noites longas e voltar a admirar a luz. O mesmo esporte que já fez tanto por tantos, mas poderia fazer muito mais em um país carente de bons exemplos.
Sonhe, com os olhos abertos. Realize, a vida é breve. Mire no que quer acertar, mas permaneça pronto para o que vier.
A felicidade extrapola. Preciso compartilhar.

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